ABSTRACT BACKGROUND: Recent studies have questioned the recommendation of abstinence from alcohol for at least 6 months for alcoholic patients to be treated for hepatitis C. OBJECTIVE: The present study aimed to assess the impact of alcohol consumption among patients undergoing hepatitis C treatment. METHODS: In this cross-sectional study, 121 patients [78 (64.5%) men; 28-70 years] were evaluated. They were divided as follows: patients who consumed <12 g of ethanol/day throughout life (Group 1), 12-59 g/day (Group 2) and ≥60 g/day (Group 3). Patients were treated with pegylated-interferon plus ribavirin. RESULTS: These three groups could not be distinguished in terms of the severity of liver fibrosis and frequency of HCV genotype-1 infection. In Group 3, treatment discontinuation (32.4%) was higher than in the Group 1 (9.4%) or Group 2 (0%), it was higher among patients who drank during treatment (66.7% vs 21.4%) and among those who had not been abstinent for at least 6 months (72.7% vs 15.4%). Moderate alcohol drinkers showed good adherence and did not discontinue the treatment. The frequencies of sustained viral response among patients in Group 3 (44.4%) were similar to those in Group 1 (61%) and Group 2 (68.4%). CONCLUSION: Heavy drinkers more often discontinued treatment for hepatitis C, but those that received this treatment had acceptable sustained viral response rates. These results suggest that heavy drinkers should not be systematically excluded from the treatment, but they should be monitored to avoid drinking and abandoning treatment, mainly those who have not been abstinent for at least 6 months.
RESUMO CONTEXTO: Estudos recentes têm questionado a recomendação de abstinência do álcool por pelo menos 6 meses para pacientes alcoolistas serem tratados para hepatite C. OBJETIVO: Este estudo objetivou avaliar o impacto do consumo de álcool entre pacientes submetidos ao tratamento para a hepatite C. MÉTODOS: Neste estudo transversal, avaliou-se 121 pacientes [78 (64,5%) homens; 28-70 anos). Eles foram divididos em três grupos: pacientes que consumiam <12 g de etanol/dia na vida (Grupo 1); 12-59 g/dia (Grupo 2) e ≥60 g/dia (Grupo 3). Pacientes foram tratados com interferon-peguilado mais ribavirina. RESULTADOS: Os três grupos não puderam ser distinguidos em relação à gravidade da fibrose hepática e das frequências de infecção pelo genótipo-1 do HCV. No Grupo 3, descontinuação do tratamento (32,4%) foi maior do que no Grupo 1 (9,4%) ou Grupo 2 (0%), foi maior entre pacientes que beberam durante o tratamento (66,7% vs 21,4%) e entre aqueles que não estavam em abstinência por pelo menos 6 meses (72,7% vs 15,4%). Pacientes do Grupo 2 tiveram boa aderência e não descontinuaram o tratamento. As frequências de resposta virológica sustentada entre pacientes do Grupo-3 (44,4%) foi semelhante àquelas do Grupo 1 (61%) e do Grupo 2 (68,4%). CONCLUSÃO: Bebedores pesados mais frequentemente descontinuaram o tratamento da hepatite C, mas aqueles que foram tratados tiveram aceitáveis taxas de resposta virológica sustentada. Esses resultados sugerem que bebedores pesados não deveriam ser sistematicamente excluídos do tratamento, mas sim serem monitorados para evitar beber e abandonar o tratamento, principalmente aqueles que não estão abstinentes por pelo menos 6 meses.
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